domingo, 15 de fevereiro de 2009

It requires people to make the dream a reality

3-2-1: outerspace!
Real estate: Negotiating, to buy Burj Dubai...
Landlord: Sheik Al Maktoum

Dubai´s Culture and identity.

Torço o nariz logo que aterro.
Tudo menos que normal quando, após 3 dias noutra área do globo, se fica com a sensação que já se viu tudo. Neste caso, que se viu quase nada...
Animado pela esperança de estar redondamente equivocado e porque ainda distam cerca de seis meses para regressar à Praia da Barra e ao Verão português, comprometo-me a desistir daquele palpite.

Se o Dubai praticamente não existia quando Walt Disney decidiu escrever a frase que brilhantemente escolhi para título parangonal deste blog, facilmente se constatará que o rei da animação tinha, nestas paragens, inspiração suficiente para redesenhar toda a génese do movimento animado.
E é de animação que se trata.

Qualquer escala de riqueza, em qualquer ponto do globo, é pouco comparável a esta.
Esbocei uma escala meramente ficcional (tal qual a realidade dubaiana).
Nada de aproximações xenófobas e/ou julgamentos pró-qualquer-coisa.
A saber (por ordem decrescente):

1- Sheik
2- Os (desenhos) animados pelo dinheiro que é comprado em petróleo e que, normalmente, são familiares e/ou afilhados do Sheik.
3- Os expatriados (quais nómadas de "casa com piscina" às costas) que estão, claramente, sempre em trânsito movidos pelo dinheiro que auferem.
4- Os estagiários da AICEP Dubai (mais expatriados ainda).
Embolsam um ordenado jeitoso se fosse o primeiro ordenado de uma carreira profícua em Portugal. Mas pagam por um T1 partilhado por 3 pessoas, mensalmente, por pessoa: 700 euros (preço de amigo e regateado quase até à morte).
5- Rameiras, sucedâneos e shemales. Leste europeu, Malásia e Filipinas, respectivamente.
6- Indianos, filipinos e paquistaneses. Verdadeiros playmobis da construção civil, restauração e hotelaria.
7- Não há cães vadios (caso existissem...teria que repensar algumas das posições da escala).

É fácil ser-se orgulhoso quando se tem petróleo na eira...
Não há carros fracos. Ou melhor, a maioria dos carros é mesmo luxuosa. Nem ponta de exagero nisto.E conduzir com 7 faixas de cada lado e skyscrapers inacreditáveis de um lado e do outro é experiência de cinema.
Já passamos pelo Sheik que enverga orgulhosamente a matrícula nº 1 do Emirado.
Indianos, filipinos e paquistaneses são aos milhares e tratam-nos, a nós europeus, por sir e boss.
Temos aqui connosco um deles: o Madu, office-boy. É uma jóia de moço.
Aprendeu a tirar cafés com os portugueses.
Só por isso já posso partir tranquilo.
Esta reverência asiática pró-europeia, para além de falsa, faz-me comichão.
Mas normalmente os europeus gostam. Mesmo os latinos. E os latinos serão sempre, de entre os europeus, os mais bonitos (mas nunca os mais vaidosos).

Os árabes endinheirados são a vergonha do resto do mundo islâmico.
Dubai tem putas e muitas.
Aqui ao lado na Mesopotâmia ,que nos deu quase tudo, e teima agora em tira(niza)r um pouco, não devem achar muita piada a esta vidinha de pseudo-árabes bem vestidinhos.
Mas que muito pouco me identifico com esta fábula, lá isso é verdade...
Prefiro a realidade de uma boa francesinha no Porto ou um ovo mole na Peixinho. Para não falar daquele bom Ramona de Fiats Puntos à porta.
Bem, depois deste pequeno enquadramento, vou tratar de continuar a enviar legislação árabe mais-ou-menos traduzida para a Soares da Costa e ver se caço um emprego bem remunerado para investir na minha discografia pessoal, muito depauperada nos últimos meses.
Depois disso, quero regressar outra vez, já subido na escala, pelo menos como expatriado-profissional e nómada mas já com os discos que comprei em terceira mão no Porto.
Quiçá o futuro me leve directamente ao Sheik. E o Beira-Mar ascenda, então, à Liga Sagres e por lá fique, construindo uma história recheada de Champions League´s e vitórias ao Benfica.
Salamalecum!

10 comentários:

Anónimo disse...

Ok. João.
É bom saber a tua vivência no Dubai.
Bom trabalho e boa sorte.

Ines Saraiva disse...

adoro a foto... devias fazer o ruc'n'rolll assim! :)

Leôncio Orégão disse...

By all means: do buy!
Muy bien. Y !al trabajo, pues!

Herr Kaugumi disse...

E eu que pensava que
Portugal nunca bai ser um grande país mas o Du bai...

Belinha disse...

Vai uma visita?

Unknown disse...

Qual Wroclaw, qual que. No outro dia vinha de Dublin para Londres e ate bati mal com as hospedeiras do Emirates. E nao sou lesbica, imagina se fosse.
Se calhar arranjavas ai uma vala comum para eu escavar. Aposto que o Rei ja fez das suas.

Estas todo giro! Beijo

Claudia

Anónimo disse...

Salvé Sardo!

Manda mais novas e apontamentos urbanos dessa vasta região. Sempre tive a curiosidade de ver o tal galão de petróleo por umas poucas moedas. Cuida-se que atestam grandes desportivos, como os fabricados na Alemanha de Leste em Leipzig e Estgarda, à boca cheia. Tem sempre algo de bestial.

Há quanto tempo. O Beira há-de voltar à liga dos grandes. Afinal, debaixo da bancada amovível da Matal Real vendem-se loiras como se impunha antes deste alvor proposto pelos dirigentes. O Paços conseguia bons resultados contra o Beira.

Bom trabalho e colecção de cultura. Abraço

Vítor (de Paços)

Anónimo disse...

três palavras para uma boa ideia de investimento: stand de francesinhas. o primeiro no dubai. ou eles aí são pissinhas com a cena da carne de porco? se forem, dá-se lhes vaca. cabrito é que não, ninguém merece tal tortura...

Anónimo disse...

E uma boa frigideira, não entra na ementa?

E o Abdel Ghany?
ehehe... LOL

Abraço e boa estadia vs trabalho!

João Sardo disse...

Inês: poder-se-ia fazer um Ruc´n´roll por grelha (porque mais que isso, de gravata, era suor a mais) de fatinho para o menino e de vestidinho para a menina. Ou então, numa semana, deixar uma gravata no estúdio 1 para ser rodada por cada locutor do Ruc´n´Roll.

Belinha: aqui estou eu à vossa espera

Cláudia: Vivo em Greens, numa zona de hospedeiras de bordo. Confirmo literalmente tudo o que dizes. E eu sou solteiro e heterosexual. É bonito.

Vitor: Há quanto tempo! Tenho uma estima muito especial pela Mata Real. Sou subscritor do regresso ao velhinho Mário Duarte. Aí ganhavamos sempre por 1 e 0 ao Benfica com golo de Dino. Não era fácil passar em Aveiro. E já não posso comer tremoços nas bancadas.

Emanuel: Aqui há nichos de mercado a serem explorados que tu nem imaginas. A francesinha seria uma mina. Sendo que mais de metade da população não é autóctone, a questão das carnes é irrelevante.

Caro Pedro: Bracara Augusta e muitas frigideiras ao som de Mão Morta. Outra ideia de investimento a ser dissecada...